Imagine que o que você ganha de salário trabalhando do dia primeiro de janeiro até o dia 29 de maio, você tivesse que dar “tudo” para o governo, como você reagiria? Pois então, essa é a realidade atualmente no Brasil. Na prática, isso significa que é necessário trabalhar 149 dias do ano apenas para arcar com todos os impostos em que o cidadão brasileiro está sujeito.
Hoje no Brasil, a tributação aparece em diversos momentos do dia a dia da população. Quando o empresário fatura com sua empresa, tem que pagar impostos. Quando o trabalhador recebe meu salário, sofre retenções de impostos. Quando o brasileiro em geral compra comida no mercado, tem que arcar com impostos no custo dos produtos. Desta forma, fica claro que mesmo que uma pessoa circule uma boa quantia de dinheiro, o que realmente sobra em suas mãos é muito pouco e oferece um baixo poder aquisitivo.
Existem diversos mecanismos utilizados pelo governo para arrecadar dinheiro aos seus cofres e arcar com as despesas públicas. Uma delas é a tributação sobre a renda e a outra é a tributação sobre o consumo. A renda é um dos principais alvos da tributação no Brasil. O Imposto de Renda Pessoa Física é um exemplo disso. Os trabalhadores devem destinar uma parte significativa de seu salário para arcar esse imposto, cujas alíquotas podem variar de acordo com os valores recebidos. Além dos impostos sobre a renda, os brasileiros enfrentam uma carga tributária expressiva sobre o consumo que são embutidos nos preços dos produtos e serviços. Esses impostos acabam sendo pagos indiretamente pelos consumidores, afetando diretamente o custo de vida da população.
Em suma, a alta tributação exerce um impacto significativo sobre a renda e o consumo, afetando diretamente o desenvolvimento do país como um todo. Ao onerar excessivamente as empresas e os trabalhadores, a elevada carga tributária reduz a disponibilidade de recursos financeiros das famílias, diminuindo sua capacidade de investir, poupar e consumir. Isso gera um efeito cascata nos demais setores da economia, reduzindo o crescimento empresarial, desestimulando o empreendedorismo e comprometendo a geração de empregos. Além disso, a alta tributação sobre o consumo acarreta em preços mais elevados para os bens e serviços, afetando especialmente a parcela mais vulnerável da população. Como resultado, a capacidade de consumo das famílias é reduzida, prejudicando o mercado interno e enfraquecendo o crescimento econômico. Portanto, é essencial buscar um equilíbrio na política tributária, visando a justiça fiscal, a competitividade empresarial e a estimulação do consumo, elementos indispensáveis para o desenvolvimento sólido e sustentável do país.